Causas de acúmulo de gordura na perimenopausa e menopausa: e como reverter

Durante a perimenopausa, há tendência de acúmulo de gordura abdominal, especificamente gordura visceral, devido a diversas mudanças fisiológicas. Essa gordura é considerada perigosa por se acumular ao redor dos órgãos, levando ao que é popularmente chamado de "menopausa" ou "adiposidade abdominal".

Por que ocorre o acúmulo de gordura abdominal:

  • Alteração na proporção de estrogênio e progesterona: Essa mudança hormonal é um fator chave. Converse com sua ginecologista ou endocrinologista sobre a reposição hormonal.

  • Diminuição da diversidade do microbioma intestinal: A redução dos hormônios sexuais impacta o microbioma intestinal, o que, por sua vez, afeta a produção de serotonina, a produção de vitaminas e o impulso parassimpático. Uma dieta rica em fibras variadas é fundamental.

  • Disfunção na leitura e circulação de gordura pelo fígado: O fígado tem uma leitura incorreta da gordura e da sua circulação. Devido à menor quantidade de estrogênio, há menos respostas anti-inflamatórias, o que dificulta a captação de ácidos graxos livres pelas mitocôndrias e músculos esqueléticos para serem usados como combustível. Consequentemente, esses ácidos graxos circulam e o fígado os converte em "ácidos graxos esterificados", que são armazenados como gordura visceral. Reduzir ao máximo o consumo de álcool é muito importante.

  • Resistência à insulina: Mulheres com maior massa magra (músculo) tendem a ter menor incidência de resistência à insulina. Quando a sensibilidade à insulina diminui, o controle do açúcar no sangue é prejudicado, contribuindo para o armazenamento de gordura. Além de caprichar na musculação é muito importante a redução no consumo de carboidratos simples.

Como reverter ou atenuar o acúmulo de gordura abdominal e outros sintomas:

Como vimos, um estilo de vida saudável é muito importante e, a depender do caso, a terapia hormonal da menopausa.

Exercício: O exercício é um estressor que provoca mudanças adaptativas, o que é crucial, pois não se pode mais depender dos hormônios para essas mudanças.

  • Substituição de treinos longos e de baixa intensidade por treino de alta intensidade (HIT) e pliometria: exercícios longos e de baixa intensidade: Treinos longos e lentos ou de intensidade moderada (Zona 2) não criam o estresse necessário para invocar as mudanças adaptativas desejadas. Já treinos de alta intensidade são eficazes para melhorar a sensibilidade à insulina e o controle da glicose no sangue. Geralmente a indicação é de 2 a 4 vezes por semana.

  • Treinamento de força baseado em potência: O treinamento com pesos é essencial. A recomendação é focar em menos volume e mais qualidade, com treinos curtos e intensos, ao menos três vezes por semana.

  • Saunas: Podem ajudar no controle de ondas de calor, pois auxiliam na regulação da temperatura corporal. A exposição regular ao calor da sauna pode ajudar o corpo a melhorar sua termorregulação (capacidade de controlar a temperatura interna). Isso pode, em alguns casos, reduzir a intensidade e frequência dos fogachos ao treinar o sistema nervoso autônomo a responder melhor às mudanças térmicas.

Nutrição:

  • Maior ingestão de proteínas: À medida que envelhecemos, o corpo se torna mais resistente anabolicamente à proteína, necessitando de doses mais altas para a síntese de proteínas musculares, regeneração óssea e nervosa. É importante ter maior incidência de proteínas em intervalos regulares ao longo do dia. Precisa de ajuda? Marque aqui sua consulta de nutrição online.

  • Dieta rica em frutas e vegetais coloridos: Ajuda no controle da glicose no sangue e promove a diversidade do microbioma intestinal, o que pode reduzir bactérias responsáveis pelo armazenamento de gordura corporal e promover as que favorecem a massa magra.

Terapia Hormonal da Menopausa (THM):

  • Se as opções não hormonais não forem suficientes, a terapia hormonal pode ser considerada como uma ferramenta.

  • O termo "terapia hormonal da menopausa" (THM) em vez de "terapia de reposição hormonal" (TRH). A razão é que o objetivo não é "substituir" os hormônios para os níveis reprodutivos, nem travar o envelhecimento, mas sim usar uma dose fisiológica muito baixa para atenuar os sintomas e as mudanças severas na qualidade de vida, como sintomas vasomotores, alterações de humor e mudanças na composição corporal. É uma ferramenta médica com um objetivo específico de melhoria de qualidade de vida.

Outras Considerações:

  • Composição corporal e sintomas: Mulheres com maior quantidade de gordura corporal tendem a ter uma incidência maior de sintomas vasomotores (ondas de calor).

  • Genética: A experiência da mãe na menopausa pode indicar uma predisposição a sintomas mais severos, embora não seja uma garantia.

  • Foco na fase de vida: A perimenopausa é uma fase de transição. É importante entender que as mudanças são esperadas e que existem intervenções para atenuá-las. A fase pós-menopausa, com as intervenções adequadas, pode ser uma "nova normalidade" sem dores ou disfunção.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Como a dieta impacta a microbiota intestinal? Um olhar científico sobre veganos, vegetarianos e onívoros

Você já parou para pensar em como o que você come todos os dias pode influenciar diretamente os trilhões de micro-organismos que vivem no seu intestino? O estudo Assessing the Influence of Vegan, Vegetarian and Omnivore Oriented Westernized Dietary Styles on Human Gut Microbiota: A Cross-Sectional Study fez exatamente isso: analisou como diferentes estilos alimentares ocidentais — vegano, vegetariano e onívoro — moldam a nossa microbiota intestinal. E os resultados são surpreendentes.

O objetivo do estudo

O foco principal do estudo foi entender como diferentes padrões alimentares — especialmente em países ocidentais — afetam a composição da microbiota intestinal humana, ou seja, os micro-organismos que habitam o intestino e desempenham papéis essenciais na digestão, imunidade e até na saúde mental.

Como o estudo foi conduzido?

Os pesquisadores realizaram um estudo transversal, com a participação de 260 adultos saudáveis divididos entre veganos, vegetarianos e onívoros, todos residentes na Alemanha. Foram coletadas amostras fecais e questionários dietéticos detalhados.

A metodologia incluiu análises avançadas de sequenciamento do DNA microbiano, permitindo identificar e quantificar as bactérias presentes em cada grupo.

Principais descobertas

  1. Diferenças significativas entre os grupos

    • A microbiota de veganos e vegetarianos apresentou uma maior diversidade bacteriana — o que geralmente está associado a uma melhor saúde intestinal.

    • O grupo onívoro mostrou uma composição bacteriana menos variada e maior abundância de bactérias potencialmente inflamatórias.

  2. Presença de bactérias benéficas

    • Dietas baseadas em vegetais favoreceram o crescimento de gêneros como Prevotella, Roseburia e Faecalibacterium, todos relacionados a efeitos anti-inflamatórios e produção de ácidos graxos de cadeia curta, como o butirato.

    • Já dietas com maior consumo de carne e gordura animal estavam associadas a bactérias como Bacteroides, que têm relação com inflamação e doenças metabólicas quando em excesso.

  3. Consumo de fibras é chave

    • Um fator central para essas diferenças foi o consumo de fibras alimentares. Dietas veganas e vegetarianas tendem a ser mais ricas em fibras, o que nutre diretamente as bactérias benéficas do intestino.

  4. Estilo de vida ocidental influencia, mas a dieta é decisiva

    • Mesmo em contextos ocidentais semelhantes, a escolha alimentar individual se mostrou um dos principais fatores moduladores da microbiota.

Efeitos além do intestino

A microbiota intestinal não afeta apenas a digestão. Os autores destacam que uma flora intestinal mais equilibrada pode influenciar a saúde mental, imunológica e até metabólica. Por isso, entender o impacto da dieta é essencial para a medicina preventiva.

O impacto global da dieta na microbiota intestinal: o que aprendemos com 21 mil pessoas?

Após explorarmos um estudo com 260 adultos na Alemanha, um novo artigo publicado na revista Nature Communications amplia ainda mais o panorama. Com dados de 21.561 indivíduos de 25 países, este estudo global mergulha nas assinaturas da microbiota intestinal associadas a dietas veganas, vegetarianas e onívoras — e os resultados oferecem insights poderosos para a saúde pública e a medicina personalizada (Fackelmann et al., 2025).

Escopo do estudo

Essa pesquisa é uma das maiores análises já realizadas sobre a relação entre dieta e microbioma intestinal. Utilizando dados autodeclarados de dieta e exames microbiológicos de amostras fecais, os autores traçaram um mapa das bactérias intestinais associadas a diferentes padrões alimentares ao redor do mundo.

O que o estudo encontrou?

  1. Assinaturas microbianas distintas por padrão alimentar

    • Os veganos apresentaram um perfil microbiano significativamente diferente dos onívoros, com aumento de bactérias anti-inflamatórias e produtoras de ácidos graxos de cadeia curta, como o butirato.

    • Os vegetarianos tinham uma composição intermediária entre veganos e onívoros, reforçando a ideia de que a exclusão parcial de produtos animais já impacta positivamente a microbiota.

  2. Diversidade microbiana: quanto mais plantas, melhor

    • A diversidade microbiana foi significativamente maior em indivíduos com maior consumo de alimentos de origem vegetal.

    • Essa diversidade está associada a melhor regulação do sistema imunológico, menor inflamação sistêmica e redução do risco de doenças crônicas.

  3. Associações com desfechos clínicos

    • A análise também correlacionou os perfis microbianos com marcadores de saúde como IMC, colesterol, glicemia e pressão arterial.

    • Indivíduos com padrões microbianos mais semelhantes aos dos veganos/vegetarianos apresentaram menores taxas de obesidade, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica.

  4. Presença de microrganismos protetores

    • Faecalibacterium prausnitzii, Akkermansia muciniphila e Roseburia spp. foram mais comuns em dietas baseadas em plantas, todas associadas a proteção contra inflamações intestinais e distúrbios metabólicos.

Dados além da dieta: estilo de vida, localização e genética

Embora a dieta tenha sido o principal fator analisado, o estudo controlou variáveis como idade, IMC, uso de antibióticos, nível de atividade física e país de residência. Mesmo com essas diferenças, a dieta continuou sendo o principal modulador da composição microbiana, o que reforça seu papel crucial.

Conectando com o primeiro estudo

O primeiro artigo mostrou como, mesmo dentro de uma população relativamente homogênea (adultos na Alemanha), a dieta já era suficiente para gerar mudanças importantes na microbiota. Este segundo estudo global confirma essas descobertas e vai além, mostrando que as mesmas tendências se repetem em larga escala, mesmo com diferentes culturas, estilos de vida e genéticas.

Conclusão: a ciência confirma — o intestino prefere plantas

Ambos os estudos, em escalas diferentes, convergem em um ponto central: dieta baseada em plantas favorece uma microbiota intestinal mais rica, diversa e funcional. Essa microbiota, por sua vez, está associada a melhores indicadores de saúde, menor risco de doenças metabólicas e inflamatórias, e maior longevidade. Portanto, se você está buscando um estilo de vida mais saudável, a ciência deixa claro: o caminho começa no prato — e passa pelo intestino.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Recomendações Dietéticas para o Manejo da Doença de Crohn

A doença de Crohn é uma doença inflamatória crônica do trato gastrointestinal, que pode afetar qualquer parte do sistema digestivo — da boca ao ânus — mas é mais comum no final do intestino delgado (íleo) e no início do intestino grosso (cólon).

Causas da doença de Crohn

A causa exata ainda não é totalmente conhecida, mas envolve uma combinação de fatores:

  • Genéticos – histórico familiar aumenta o risco.

  • Imunológicos – o sistema imunológico ataca erroneamente o trato digestivo.

  • Ambientais – fatores como tabagismo, dieta, estresse e uso de certos medicamentos (como AINEs) podem piorar ou desencadear a doença.

Sintomas comuns

Os sintomas variam dependendo da localização e gravidade da inflamação, mas podem incluir:

  • Dor abdominal (geralmente no lado inferior direito)

  • Diarreia crônica (às vezes com sangue ou muco)

  • Perda de peso

  • Fadiga

  • Febre

  • Fissuras anais ou fístulas

  • Má absorção de nutrientes (em casos mais graves)

Diagnóstico

Geralmente envolve uma combinação de exames:

  • Exames de sangue e fezes (para detectar inflamação e infecção)

  • Endoscopia ou colonoscopia com biópsia

  • Exames de imagem como tomografia ou ressonância magnética

Tratamento

Não há cura definitiva, mas o tratamento busca controlar os sintomas e reduzir a inflamação:

  1. Medicamentos:

    • Anti-inflamatórios (como a mesalazina)

    • Corticoides

    • Imunossupressores (como azatioprina)

    • Biológicos (ex: infliximabe, adalimumabe)

    • Antibióticos (em casos de infecção associada)

  2. Cirurgia:

    • Em casos graves ou complicações (como obstruções, fístulas ou abscessos), pode ser necessária a remoção de partes do intestino.

  3. Estilo de vida:

    • Parar de fumar

    • Controle do estresse

    • Evitar álcool

    • Manter atividade física

  4. Dieta:

Com base nas diretrizes e estudos atuais, as seguintes recomendações dietéticas são eficazes para o manejo da doença de Crohn:

Nutrição Enteral

Recomendada como alternativa aos corticosteroides para induzir a remissão na doença de Crohn. É particularmente benéfica para pacientes com doença leve a moderada e para aqueles que não responderam a terapias biológicas [1] [2].

Dietas de Reintrodução Alimentar

Após o tratamento com nutrição enteral, dietas estruturadas de reintrodução alimentar podem ajudar a manter a remissão. Essas dietas fornecem uma abordagem sistemática para a reintrodução de alimentos [1].

Dietas de Exclusão

A Dieta de Exclusão da Doença de Crohn (CDED) e a Dieta de Carboidratos Específicos (SCD) têm se mostrado promissoras no manejo dos sintomas e no alcance da remissão. Essas dietas se concentram na eliminação de grupos alimentares específicos que podem desencadear os sintomas [3].

Dietas com baixo teor de fibras

Em casos de doença estenosante, recomenda-se uma dieta com baixo teor de fibras para prevenir obstrução mecânica. Fibras alimentares devem ser evitadas durante crises ou quando há estenoses [1].

Dieta Low Fodmap

Estudos indicam que uma dieta com baixo teor de FODMAPs pode melhorar significativamente os sintomas gastrointestinais em pacientes com doença de Crohn (DC). Uma revisão de 12 artigos encontrou evidências substanciais que sustentam a eficácia da LFD no alívio dos sintomas associados à DC [4].

Em um estudo envolvendo pacientes egípcios com DC em remissão, mas apresentando sintomas gastrointestinais funcionais, a dieta low fodmap levou a uma melhora média de 38,45% nos sintomas e melhorou significativamente a qualidade de vida de 90% das participantes do sexo feminino [5].

Foi demonstrado que a alteração da ingestão de FODMAPs afeta a microbiota intestinal em pacientes com DC quiescente. Um ensaio controlado revelou que, embora a abundância bacteriana total tenha permanecido inalterada, a abundância relativa de bactérias benéficas aumentou durante a dieta com baixo teor de FODMAPs, sugerindo um efeito prebiótico [6].

Embora a dieta com baixo teor de FODMAP possa ajudar a controlar os sintomas, é crucial supervisionar sua implementação devido ao risco de deficiências nutricionais, especialmente em pacientes com DC que já podem apresentar desnutrição [7][8].

Dieta carnivora

A dieta carnívora, que consiste principalmente em produtos de origem animal, pode estar alinhada com alguns aspectos das dietas de eliminação, mas carece de pesquisas abrangentes para validar sua eficácia ou segurança para pacientes com Crohn. Falo sobre o tema neste vídeo:

Apesar de ser uma opção para fazer o paciente entrar em remissão, não é uma estratégia a ser utilizada a longo prazo. Não existem outros estudos, nem acompanhamento a longo prazo. Precisa de ajuda para recuperar ou manter a saúde? Marque aqui sua consulta de nutrição online.

Suplementos

As evidências atuais não apoiam o uso de probióticos ou prebióticos para induzir ou manter a remissão na doença de Crohn [1].

A desnutrição é comum na doença de Crohn, afetando até 85% dos pacientes. Deficiências nutricionais, particularmente em relação à anemia e à osteoporose, são prevalentes [9]. Suplementos podem ser necessários.
Há pesquisas em andamento sobre o papel da vitamina D em doenças inflamatórias intestinais, incluindo a doença de Crohn. A suplementação pode ser benéfica, particularmente em pacientes com deficiências [10].

Os ácidos graxos ômega-3 encontrados no óleo de peixe foram revisados ​​por suas propriedades anti-inflamatórias, o que pode ser vantajoso para pacientes com doença de Crohn [11].

A curcumina é um polifenol promissor na redução da atividade da doença em alguns estudos, sugerindo que pode ser benéfico para pacientes com doença de Crohn [12].

Proteína de Soro de Leite e Soja demonstraram afetar positivamente a composição corporal em pacientes com doença de Crohn submetidos a determinadas terapias, potencialmente auxiliando no estado nutricional e no controle da inflamação [13].

Recomenda-se o rastreamento da deficiência de vitamina C, visto que deficiências foram observadas em pacientes com doença de Crohn. A suplementação profilática pode ser benéfica [14]. Precisa de ajuda para recuperar ou manter a saúde? Marque aqui sua consulta de nutrição online.

Referências

1) J Lee et al. British Dietetic Association evidence-based guidelines for the dietary management of Crohn's disease in adults. Journal of human nutrition and dietetics : the official journal of the British Dietetic Association (2013). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24313460/

2) M Więcek et al. Diet as therapeutic intervention in Crohn's disease. Przeglad gastroenterologiczny (2022). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35664022/

3) FA Cusimano et al. Diet as a treatment for inflammatory bowel disease: is it ready for prime time?. Current opinion in gastroenterology (2022). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35762695/

4) RI Russell et al. Review article: dietary and nutritional management of Crohn's disease. Alimentary pharmacology & therapeutics (1991). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/1909585/

5) SL Popa et al. Diet Advice for Crohn's Disease: FODMAP and Beyond. Nutrients (2020). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33291329/

6) MH Elhusseiny et al. Low FODMAP diet in Egyptian patients with Crohn's disease in remission phase with functional gastrointestinal symptoms. JGH open : an open access journal of gastroenterology and hepatology (2018). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30483557/

7) EP Halmos et al. Consistent Prebiotic Effect on Gut Microbiota With Altered FODMAP Intake in Patients with Crohn's Disease: A Randomised, Controlled Cross-Over Trial of Well-Defined Diets. Clinical and translational gastroenterology (2016). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27077959/

8) PR Gibson et al. Use of the low-FODMAP diet in inflammatory bowel disease. Journal of gastroenterology and hepatology (2017). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28244679/

9) MC Lomer et al. Dietary and nutritional considerations for inflammatory bowel disease. The Proceedings of the Nutrition Society (2011). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21450124/

10) A Parian et al. Dietary Supplement Therapies for Inflammatory Bowel Disease: Crohn's Disease and Ulcerative Colitis. Current pharmaceutical design (2015). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26561079/

11) TU Maioli et al. Non-pharmacologic strategies for the management of intestinal inflammation. Biomedicine & Pharmacotherapy (2022). https://doi.org/10.1016/j.biopha.2021.112414

12) B Malinowski et al. The Rundown of Dietary Supplements and Their Effects on Inflammatory Bowel Disease-A Review. Nutrients (2020). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32423084/

13) JF Machado et al. Whey and soy protein supplements changes body composition in patients with Crohn's disease undergoing azathioprine and anti-TNF-alpha therapy. Nutricion hospitalaria (2015). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25795947/

14) BD Linaker et al. Scurvy and vitamin C deficiency in Crohn's disease. Postgraduate medical journal (1979). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/432168/

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/