A biotina é um carreador de carboxila (-COOH), transferindo este grupo para outras moléculas importantes no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras. Relaciona-se também a outra vitaminas do complexo B, especialmente folato (B9), ácido pantotênico e cobalamina (B12).
A biotina também foi batizada de vitamina H (do alemão Haar und Haut, que significa cabelos e pele). Pessoas com deficiência de biotina perdem mais cabelo e enfrentam mais problemas de pele. Contudo, a deficiência de biotina não é muito comum, visto que está presente em muitos alimentos, incluindo fígado, rins, fermento, gemas de ovos, queijos, feijões, amendoim, soja, folhas verdes, couve-flor, cogumelos e nozes.
A biotina é uma vitamina essencial do complexo B. Sua deficiência já foi relacionada com desordens como as doenças inflamatórias intestinais (DII) e a permeabilidade intestinal. Estudo de 2023 mostrou que camundongos deficientes em biotina apresentam mudanças negativas na microbiota intestinal, gerando disbiose, baixa diversidade microbiana, com aumento de bactérias pró-inflamatórias.
Essa disbiose foi associada ao desenvolvimento de sintomas semelhantes à doença inflamatória intestinal (DII), incluindo diarreia e inflamação no cólon. O estudo também constatou que a deficiência de biotina pode provocar alterações na expressão de genes relacionados à função imunológica e à inflamação no intestino. Aprenda a tratar o intestino clicando aqui.
Porém, pessoas que consomem ovos crus, muito álcool ou que possuem síndromes de má absorção intestinal podem desenvolver carências, assim como pessoas com polimorfismos genéticos e gestantes, por terem maior necessidade. Já o excesso de biotina pode ligar-se a hormônios da tireóide, afetando os exames. Por isso, se o exame der alterado, antes de usar medicação para tireóide é importante suspender a suplementação de vitamina H e repetir o exame de T3 e T4 livres e TSH.