Número de óvulos durante a vida da mulher

As mulheres nascem com cerca de 1 a 2 milhões de óvulos, um número que cai para cerca de 300.000 a 400.000 na puberdade. Cerca de 1.000 óvulos morrem a cada mês. Mulheres que decidem não ter filhos ou poucos filhos (1 a 2) ovulam mais de 400 vezes ao longo da vida. Isso é mais do que em qualquer outro período da história e mais do que as mulheres que decidem ter muitos filhos e passam muito tempo da vida grávidas. Estas ovularão apenas cerca de 70 vezes durante a vida.

Além de terem menos filhos, as mulheres ocidentais também estão menstruando mais cedo graças, em grande parte, aos xenoestrogênios em nosso ambiente. Xeno é um termo derivado do grego e que significa “estranho”. Um xenoestrogênio é uma substância estranha ao nosso corpo e com capacidade de imitar os hormônios femininos.

Os xenoestrogênios são encontrados em produtos derivados do plástico, nos detergentes domésticos, nos pesticidas, nas tintas para cabelo, nos produtos de cosmética, no cigarro, entre outros. Quanto maior o contato com estas subtâncias maior o risco da mulher menstruar cedo demais. Além disso, mulheres que possuem um alto percentual de gordura acumulam mais xenoestrogênios no organismo.

O fato é que, quanto antes a mulher começar a menstruar e quanto mais menstruar, mais cedo entrará na menopausa. A razão pela qual o início da menopausa difere entre as mulheres é porque chegamos aos nossos últimos óvulos viáveis em momentos diferentes, dependendo de quantos óvulos tínhamos na puberdade.

Aos 35 anos, 60% dos óvulos de uma mulher estão maduros e prontos para serem fecundados. Aos 45 anos, esse número já cai para apenas 15%. Ou seja, a probabilidade de uma mulher engravidar naturalmente com esta idade é muito menor.

À medida que você começa a “ficar com poucos óvulos”, seus ovários e cérebro detectam a mudança e desencadeiam a produção de mais FSH ou hormônio folículo estimulante - o hormônio que ajuda a amadurecer e produzir óvulos a partir dos ovários. Este aumento de FSH levará ao aumento do estrogênio, o que pode aumentar o fluxo menstrual e exacerbar os sintomas físicos e emocionais relacionados ao estrogênio.

Nos estágios reprodutivos tardios, o ciclo menstrual pode se tornar mais curto em duração e frequência. Eventualmente, os ciclos se tornam cada vez mais variados em duração e, uma vez que variam em 7 dias, você atingiu oficialmente a perimenopausa em estágio avançado. A essa altura o corpo para de produzir estrogênio nos altos níveis que antes produzia.

Como os folículos continuam a diminuir em número, há uma diminuição na ovulação e na produção de progesterona, resultando em sangramento mais leve e menos frequente com mais de 35 dias entre os ciclos. O tempo entre os períodos aumenta e, eventualmente, por volta dos 51 anos (variação é de 45 a 55) anos, há uma última menstruação. Depois disso, há muito pouco estrogênio sendo produzido e, após um ano sem menstruação, começa a vida pós-menopausa.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Fertilidade feminina

Conforme a OMS, 35% das causas de infertilidade estão relacionadas à mulher e outros 35% ao homem. Ou seja, ambos os gêneros participam igualmente para o sucesso da gestação. Homens e mulheres precisam de um estilo de vida saudável, alimentação adequada, sono reparador, baixa exposição à toxinas, se querem um bebê lindo nos braços.

O foco deste texto é a fertilidade feminina. Cerca de 25% dos problemas de fertilidade femininos estão relacionados às causas ovulatórias. A mulher pode não ovular, pode ter insuficiência de progesterona, pode ter ovários policísticos, distúrbios da tireóide, endometriose, problemas nas trompas, deficiências de nutrientes, baixa reserva ovariana devido ao envelhecimento. Assim, uma avaliação completa com obstetra e nutricionista é imprescindível.

Outra causa da infertilidade é o estresse

Situações de grande estresse podem afetar as funções ovarianas. Em momentos de grande estresse algumas mulheres nem menstruam. A libido também pode cair muito, tanto em homens quanto em mulheres, em situações de estresse. Manter a calma e a serenidade nem sempre é fácil mas podemos buscar ajuda, na terapia, no esporte, nas conversas com amigos, na meditação, na prática de yoga.

Própolis também pode minimizar a infertilidade causada por estresse psicológico.  Com seu alto nível de flavonóides e polifenóis, chega a ter até 4 vezes mais antioxidante que a vitamina E. (Arabameri, Sameni, & Bandegi, 2017). E estes antiioxidantes são importantíssimos para a fertilidade. Aliás, a fertilidade depende não só de vitamina E mas também de vitamina C, vitamina D, ômega-3, coenzima Q10, ácido alfa-lipóico, carnitina, betaína, inositol, selênio, colina. Marque uma consulta para conversarmos.

O estresse também reduz a libido. Algumas dicas sobre o tema:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/