Isolamento social e risco de carência de vitamina D

A vitamina D tem como função principal a manutenção de níveis adequados de cálcio e fósforo, nutrientes essenciais à função óssea e neuromuscular. Existem também receptores específicos para a 1,25-diidroxivitamina D (forma ativa), em células de inúmeros tecidos, fazendo da vitamina D uma importante aliada para a modulação do crescimento celular, função imune e redução da inflamação. A carência de vitamina D está associada a maior risco de diabetes gestacional, artrite reumatóide, osteoporose, asma, obesidade, problemas cardíacos e certos tipos de câncer (cólon, próstata e mama).

A baixa exposição social no período de isolamento social reduz os níveis plasmáticos de vitamina D. Valores menores que 12 ng/ml indicam deficiência de vitamina D e maior risco de osteomalácia em adultos e raquitismo em crianças. Valores entre 12 e 20 ng/ml são considerados inadequados para crescimento normal e manutenção de ossos saudáveis. São aceitáveis valores entre 20 e 30 ng/ml. Mas o ideal são concentrações plasmáticas entre 30 e 50 ng/mL, o que é uma raridade na população visto que a maior parte das pessoas não toma sol e quando o faz, usa filtro solar (Vieth, 2011).

Estudo publicado em 2019 no Brasil mostrou que a prevalência de hipovitaminose D em asmáticos é de 57,3% (Peçanha et al., 2019). Apenas 39,6% das pessoas no Rio Grande do Sul tem níveis de vitamina D dentro da faixa recomendada. Os demais estados do Brasil apresentaram insuficiência de vitamina D entre 42,4 e 69,2% dos indivíduos (Lersch et al., 2016).

A falta de vitamina D impacta o sistema imune e a capacidade do corpo em combater gripes e resfriados fica reduzida. Se puder expor-se à luz em algum momento do dia faça isso. Se não, converse com seu nutricionista e faça a reposição da vitamina D durante este período.

Valor laboratorial de vitamina D é aquele para manter sua absorção de cálcio. Mas pode não sobrar vitamina D para suas outras funções hormonais e imunológicas.

Vitamina D e mortalidade por COVID-19

Estudo publicado agora em 2022 mostrou que pessoas com vitamina D menor que 20 tiveram 14 vezes mais chance de morrer do que os pacientes com vitamina D maior que 40 ng/ml (Dror et al., 2022). Para pacientes depressivos indica-se vitamina D entre 60 e 90 ng/ml.

Não sabe seu valor no exame de sangue? O ideal é fazer. Não dá? Então tome pelo menos uma suplementação mínima de 2.000 UI. Algumas boas marcas:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Idosos com níveis mais baixos de vitamina D possuem mais dificuldade de locomoção

O envelhecimento populacional tem aumentado a prevalência de doenças crônicas e incapacitantes, as quais levam à limitação funcional, diminuindo a autonomia e a qualidade de vida dos idosos. À medida que envelhecemos, o corpo modifica-se. Há perda de massa magra e óssea. Pelo menos um terço da população com mais de 65 anos de idade sofre progressivo declínio físico, o que aumenta, por exemplo, o risco de quedas.

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O declínio físico pode estar ligado a aspectos sociodemográficos e psicossociais, estilo de vida, estado nutricional, doença e predisposição genética. Neste contexto, a vitamina D tem um papel importante, controlando a formação e manutenção de ossos saudáveis. A vitamina D também regula a função muscular e possui vários receptores nos sistemas imunológico, cardiovascular e nervoso.

O estado funcional do corpo pode ser avaliado pela velocidade com a qual uma pessoa caminha, pela força nas mãos e provas de desempenho físico. A velocidade da marcha (caminhada) está relacionada ao equilíbrio e baseia-se principalmente em ações da musculatura dos membros inferiores. Já a força nas mãos reflete a saúde da estrutura da parte superior do corpo.

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A associação entre a quantidade de vitamina D no sangue e a saúde física de adultos e idosos vem sendo explorada em várias pesquisas. Parece que quanto menor é a concentração sérica de vitamina D menor é a velocidade da marcha e a força das mãos.

Essa associação entre a vitamina D e os parâmetros funcionais pode ser explicada porque o osso e o músculo são significativamente afetados pela concentração sérica de vitamina D (Mendes et al., 2018). A vitamina D é produzida na pele após a exposição solar. Também pode ser suplementada em caso de carência. Para tanto o ideal é antes fazer a dosagem plasmática.

O livro de Michael F. Holick, "Vitamina D", é considerado uma referência essencial sobre a vitamina D. Ele oferece informações detalhadas sobre a importância este hormônio e como ele melhorar a saúde de todos.

Saiba mais:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Vitamina D e longevidade

A vitamina D desempenha vários papeis no organismo, incluindo a regulação do equilíbrio de cálcio nos ossos. A deficiência da 25-hidroxivitamina D está associada a várias doenças associadas ao envelhecimento, incluindo Alzheimer, Parkinson e câncer. Estudos mostram também que a carência de vitamina D reduz a longevidade. Por isso, tome sol, dose os níveis de vitamina D plasmáticos e, caso precise, consulte um nutricionista para fazer a suplementação deste nutriente tão importante.

O livro de Michael F. Holick, "Vitamina D", é considerado uma referência essencial sobre a vitamina D. Ele oferece informações detalhadas sobre a importância este hormônio e como ele melhorar a saúde de todos.

Vitamina D e imunidade

Valor laboratorial de vitamina D é aquele para manter sua absorção de cálcio. Mas pode não sobrar vitamina D para suas outras funções hormonais e imunológicas.

Estudo publicado agora em 2022 mostrou que pessoas com vitamina D menor que 20 tiveram 14 vezes mais chance de morrer do que os pacientes com vitamina D maior que 40 ng/ml (Dror et al., 2022). Para pacientes depressivos, indica-se vitamina D entre 60 e 90 ng/ml.

Não sabe seu valor no exame de sangue? O ideal é analisar. Não dá? Então tome pelo menos uma suplementação mínima de 2.000 UI. Algumas marcas comuns no mercado:

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- Puravida (com vitamina A e K2)

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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