8 causas de infertilidade

Existem muitos fatores desencadeantes para a infertilidade, incluindo problemas físicos, hormonais, imunológicos e relacionados ao envelhecimento. Hoje vou falar das 10 causas mais comuns para a dificuldade de engravidar da mulher.

1. SOP (Síndrome do Ovário Policístico) - ocorre quando há um desequilíbrio entre estrogênio, progesterona e testosterona, além de hiperinsulinemia e inflamação, gerando problemas de ovulação e ciclos menstruais irregulares. Se a mulher não ovula ou ovula irregularmente a chance de engravidar cai drasticamente.

O tratamento da SOP pode incluir medicação para normalização dos níveis hormonais, dieta antiinflamatória, tratamento da resistência à insulina e correção de carências nutricionais e polimorfismos (variações) genéticos. O polimorfismo mais comum é o do gene MTHFR, que pode aumentar o risco de SOP em algumas mulheres, precisando ser corrigido com suplementação adequada de metilfolato (vitamina B9 na forma ativa).

2. Endometriose - condição em que o tecido que reveste o interior do útero cresce, atrapalhando o funcionamento de ovários, trompas ou intestino. Estão envolvidos na endometriose fatores como genética, dificuldade de destoxificação, inflamação exagerada, estresse oxidativo aumentado, resistência à progesterona, predominância estrogênica e polimorfismos como MTHFR e PEMT. Recomendo que todas as mulheres com dificuldade de engravidar marquem uma consulta para avaliarmos o exame nutrigenético.

3. Miomas - tumores não cancerosos que podem ocorrer dentro ou no útero. Se atrapalharem a fertilidade precisarão ser removidos cirurgicamente para não interferirem na implantação do óvulo. Mulheres acima do peso possuem maior risco de miomas. Por isso, atividade física e dieta são importantes.

4. Anormalidades estruturais ou de posicionamento de útero, trompas de falópio ou ovários. A doença inflamatória pélvica e outras infecções também podem levar ao bloqueio das trompas de falópio. Isso pode incluir infecções sexualmente transmissíveis, como gonorréia e clamídia. A tecnologia de reprodução assistida é freqüentemente necessária para superar alguns destes obstáculos.

5. Problemas hormonais - a fertilidade depende da produção adequada de estrogênio, progesterona, testosterona e também dos hormônios da tireóide. A tireóide regula o metabolismo, mas também é essencial para manter a fertilidade e regular uma gravidez saudável. Hormônios tireoidianos muito baixos ou muito altos podem causar infertilidade, aborto espontâneo e complicações na gravidez, incluindo restrição de crescimento intrauterino (RCIU). Os hormônios da tireoide também contribuem para que os outros hormônios trabalhem em equilíbrio, de modo que um problema de tireoide torna-se rapidamente um problema de hormônio sistêmico. Por isso, os exames de rotina devem incluir a avaliação das taxas hormonais.

6. Idade Materna Avançada e insuficiência ovariana prematura - o envelhecimento afeta a fertilidade feminina. As mulheres nascem com todos os óvulos que terão e, quando se aproximam dos 40 anos, a qualidade dos óvulos começa a diminuir. Infelizmente, algumas mulheres podem experimentar um declínio mais pronunciado quando são mais jovens. O myo-inositol e a melatonina prolongam a reserva ovariana. Falo de outros suplementos neste post anterior.

7. Distúrbios da Coagulação Sanguínea - alguns distúrbios de coagulação são genéticos, enquanto outros têm raízes na autoimunidade. Em ambos os casos o suprimento de sangue uterino será prejudicado e o feto pode não sobreviver. Mas há tratamento. Mulheres com distúrbios de coagulação geralmente recebem aspirina em baixas doses e / ou anticoagulantes, como heparina ou enoxaparina (Lovenox). As que possuem homocisteína elevada ou exame de MTHFR alterado receberão dosagens mais altas de metilfolato.

8. Perda de gravidez recorrente - abortos espontâneos consecutivos podem estar associados a vulnerabilidades genéticas, problemas uterinos, anormalidades cromossômicas, distúrbios de coagulação, dentre outros fatores. Outras causas:

Os exames nutrigenéticos são importantíssimos para correção de erros metabólicos. Marque sua consulta.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/