Expossoma e microbiota

O termo expossoma foi usado pela primeira vez, em 2005, por Christopher Paul Wild, para se referir à exposição que o organismo sofre do ambiente externo e interno e as consequências dessa exposição em suas respostas biológicas.

  • Exposoma externo: Radiação, poluição da água e ar, dieta, drogas, estresse, infecções, comportamento, barulho, luz, clima, atividade física, trabalho, sono, tabagismo, relacionamentos, contato com a natureza etc.

  • Exposoma interno: inflamação, doenças preexistentes, peroxidação lipídica e outros metabólitos, estresse oxidativo.

  • Respostas biológicas: velocidade de envelhecimento, epigenética, metabolômica, expressão genética, microbiota.

Para garantir uma boa microbiota você precisa de um exposoma com alta diversidade microbiológica. Os microoganismos que colonizam seu intestino vem do meio ambiente, do exposoma. Crianças que vivem em ambiente rural possuem uma microbiota muito mais diversificada que crianças que vivem em abientes urbanos. Esta diversidade é protetora contra uma série de alergias e problemas de pele.

A predisposição genética (genoma) interage com a exposição ambiental (expossoma) moldando suas respostas (respossoma) e produzindo o resultado final da saúde. Isto influencia, por exemplo, se a pessoa conseguirá regular o peso corporal mais facilmente ou não. Sabemos, por exemplo, que muita pessoas obesas possuem uma microbiota alterada.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Microbiota e atividade física

Um intestino saudáve é fundamental para a saúde física e mental de qualquer pessoas. O adequado consumo de fibras, água e fitoquímicos é imprescindível a uma microbiota saudável.

Estudos mostram que a atividade física também contribui para o aumento da diversidade e composição microbiana nas fezes, tanto de atletas profissionais, quanto de praticantes de atividade física regular.

Pesquisas revelam que o intestino de atletas apresenta um aumento de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) - acetato, propionato e butirato, levando a um melhor metabolismo de aminoácidos e carboidratos. Essas diferenças também estão associadas ao aumento da renovação muscular, aptidão e saúde geral quando comparados com os grupos de controle. Esses achados demonstram a importância do exercício para melhorar a composição e função do microbioma.

Passar tempo ao ar livre, na natureza, com animais também pode aumentar a quantidade de bactérias boas que vivem dentro de nós. Dados coletados de todos os cantos do globo comparando microbiomas confirmam que esses fatores estão associados a uma diversidade microbiana mais ampla.

Bactérias intestinais metabolizam toxinas ambientais

Um bom motivo para melhorar a qualidade da microbiota é a redução de sintomas relacionados à intoxicação. Cinco principais enzimas bacterianas (incluindo beta glucuronidase) produzidas por bactérias intestinais estão envolvidas no metabolismo de mais de 30 contaminantes ambientais, incluindo pesticidas, metais, (mercúrio, chumbo, cádmio e arsênico), aditivos alimentares e poluentes orgânicos persistentes (POPs), fornecendo evidências claras que as bactérias intestinais reduzem as toxinas no corpo.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Selênio e microbiota intestinal

O trato digestivo humano é habitado por cerca de 100 trilhões de microrganismos (bactérias, vírus, fungos, arquéia e protozoários) chamados, no conjunto, de microbiota. A colonização microbiana humana começa no nascimento. Nos bebês nascidos de parto normal a microbiota é semelhante à microbiota vaginal materna. Acredita-se que a colonização intestinal ao nascimento e amamentação seja essencial para definir a composição da microbiota intestinal mais tarde na idade adulta, embora a determinação da composição da microbiota também seja influenciada por diversos fatores externos (como alimentação, doenças, uso de medicamentos, atividade física, nível de estresse) e internos (como genética).

O microbioma é capaz de codificar mais de três milhões de genes. Desempenha uma variedade de funções metabólicas como a produção de alguns tipos de vitaminas e compostos bioativos, a síntese de aminoácidos essenciais e não essenciais, a fermentação de fibras e a atividade em sinalização neural, hormonal e imunológica por meio do eixo intestino-cérebro. Além disso, atua na absorção de nutrientes e compete contra microorganismos causadores de doenças.

Nesse sentido, desequilíbrios no ecossistema intestinal ou na comunicação bidirecional com o cérebro estão associados a distúrbios gastrointestinais, doenças metabólicas e distúrbios neurocomportamentais. Portanto, estratégias têm sido desenvolvidas para manipular o microbioma, com o objetivo de prevenir e / ou reverter condições prejudiciais à saúde (APRENDA A CUIDAR DO SEU INTESTINO).

Selênio como agente modulador da flora intestinal

O mineral afeta a composição e colonização da microbiota intestinal, pois cerca de 1/4 de todas as bactérias têm genes que codificam selenoproteínas (proteínas associadas ao selênio). A deficiência de selênio resulta em diminuição da ativação de células imunes de selênio, aumento de citocinas pró-inflamatórias, com aumento do risco de doenças inflamatórias intestinais e câncer.

A presença de selênio no intestino também reduz a absorção de metais pesados, como o mercúrio. Porém, selênio em excesso também não é coisa boa, podendo inclusive ser tóxico ao organismo. Contudo, algumas espécies de microrganismos intestinais podem melhorar a biodisponibilidade do Se e proteger contra sua toxicidade (Ferreira et al., 2021).

Testes como este permitem a individualização da dieta, abrindo caminho para o encontro mais rápido de sua saúde. você recebe um desconto para fazer seu teste genético da microbiota, usando o código promocional andreiatorres no site da BiomeHub.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/