Alimentos e suplementos para saúde da pele

No tecido saudável, a produção de colágeno é normalmente equilibrada pela degradação do colágeno mediada por metaloproteinases de matriz (MMP). Este equilíbrio é interrompido em muitos estados de doença, incluindo artrite, câncer e fibrose ou quando tomamos sol demais (Powell et al., 2019).

A colagenase é uma família de enzimas da matriz metaloproteinase (MMP) que quebra o colágeno e degrada a matriz extracelular, resultando em rugas e alterações na espessura da pele. Um estudo mostrou o tanto que consumir alimentos de origem vegetal é importante para pele. A perda de colágeno foi inibida por extratos de brócolis, cenoura e até de pimenta malagueta. (Fatmawaty, & Angriani, 2018).

SUPLEMENTOS PARA A SAÚDE DA PELE

Além das rugas, outro cuidado é com manchas ou queimaduras de pele. No vídeo abaixo falo de 3 suplementos nestes casos:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Diferença entre os tipos de colágeno 1, 2 e 3

Existem 28 tipos de colágeno na natureza, sendo os tipos 1, 2 e 3 os mais comuns no corpo humano. Entenda as diferenças:

Colágeno tipo 1

É o principal tipo encontrado na pele (aproximadamente 80%). A partir dos 50 anos a pele vai ficando cada vez mais flácida. Isto acontece porque nesta idade a perda de colágeno é de 25% ao ano e a capacidade de renovação desta proteína cai bastante. Uma opção é suplementar:

  • Colágeno para a pele - suplemento collagen skin com verisol (padronização mais estudada)

A firmeza da pele também depende de boas fontes de vitamina C, silício e colina. Além disso, a dieta deve ter características antiinflamatórias, livre de açúcar e abundante em condimentos como cúrcuma e gengibre.

Colágeno tipo 2

O colágeno tipo 2 contribui para dessensibilizar o sistema imune. Muito interessante para o tratamento da osteoartrite e artrite reumatóide.

  • Colágeno para imunidade e redução de dor - suplemento collagen II da nutify

  • Colágeno tipo 2 - suplemento amais em pó, sem sabor

  • Colágeno tipo 1 + 2 - suplemento da essential

Colágeno tipo 3

É o principal colágeno nas células do intestino. É rico em glicina, fundamental para que o fígado possa produzir glutationa para os processos de eliminação toxinas. Este é um dos produtos no mercado brasileiro:

O caldo de ossos é bastante rico em colágeno tipo 3 e pode ser feito em casa a partir de ossos de animais, sejam bovinos, aves e até peixes. Saiba mais:

É interessante usar um suplemento que contenha os 3 tipos de colágenos. A marca Doctor´s best é uma opção. Para individualização e agendamento de consultas clique aqui.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Vitiligo, estresse oxidativo e cuidado integrativo

O vitiligo é uma doença cutânea autoimune na qual os melanócitos são destruídos pelas células T CD8 +, resultando em perda da coloração da pele. Desde o início da doença, o estresse oxidativo desempenha um papel significativo na promoção do aparecimento de vitiligo. Vários fatores levam à superprodução de espécies reativas de oxigênio (ROS) e, de forma colaborativa, causam o acúmulo de radicais livres nas células produtoras de pigmentos na pele (melanócitos).

A genética é um dos fatores importantes na doença. Independentemente do paciente estar ou não tranquilo em relação à despigmentação da pele, o estresse oxidativo precisa ser tratado pois pode contribuir para o surgimento de outras doenças autoimunes. De fato, existem vários genes comuns entre o vitiligo e uma série de outras doenças autoimunes (as bolinhas em azul) e outros problemas de pele (as bolinhas vermelhas da figura a seguir):

Para além da genética vários fatores ambientais atuam como gatilhos, interagindo com a genética e desencadeando a despigmentação da pele. Compostos químicos encontrados na indústria e em produtos de limpeza, higiene e beleza podem interagir com a tirosinase, enzima que transforma a tirosina em melanina (o pigmento da pele). É o caso do composto químico rhododendrol (Harris, 2018):

A secreção de radicais livres é uma resposta ao estresse, gera inflamação e ativa excessivamente o sistema autoimune. Para a produção de melanina a célula precisa de grande quantidade de energia, produzida dentro da mitocôndria. Esta organela é considerada o indutor chave na produção dos radicais livres. Podem ser danificadas pelo contato com diversos estressores, como compostos químicos, alimentos alergênicos e falta de antioxidantes.

Os dois tipos de defesas antioxidantes principais para controle da quantidade de radicais livres dentro da célula são: (1) antioxidantes exógenos, vindos da dieta, como vitamina C, vitamina E e vitamina A; (2) antioxidantes enzimáticos endógenos, produzidos no corpo, como glutationa e catalase. Além do papel antioxidante enzimático e não enzimático, existem outras vias que podem proteger os melanócitos do dano oxidativo. Experimentos recentes ilustraram o papel do elemento de resposta antioxidante do fator 2 relacionado ao fator nuclear E2 / heme oxigenase-1 (Nrf2-ARE / HO-1) na proteção dos melanócitos. Aspirina, baicaleína e sinvastatina mostraram melhorar a sobrevida dos melanócitos com vitiligo por meio da ativação da via Nrf2 (Wang, Li, & Li, 2019).

Estas pesquisas abrem novas vias terapêuticas. Por exemplo, existem evidências de que pessoas com vitiligo possuem níveis de vitamina C mais baixos (Haider et al., 2010). Por isso, o acompanhamento nutricional torna-se muito importante. Outros suplementos para combate ao estresse oxidativo e proteção da pele também podem ser utilizados como astaxantina, óleo de krill, betacaroteno (apenas para não fumantes), extrato de Polypodium leucotomos, Gingko biloba e ácido alfa lipóico.

Pesquisas também mostram variações genéticas importantes como polimorfismos dos genes MTHFR, CBS e MTRR em pessoas com vitiligo. Caso você tenha vitiligo e variações nestes genes, modificações na suplementação e dieta serão necessários. Em minha prática indico exames nutrigenéticos capazes de capturar estas variações para que possamos individualizar ainda melhor seus cuidados (Benincasa et al., 2019). Isto é muito importante pois estas variações podem aumentar o risco de alguns problemas de saúde. Marque uma consulta para discutirmos seu caso:

Estudos também mostram que pacientes com vitiligo apresentam altos níveis de estresse percebido. Em pacientes com predisposição ao vitiligo, o estresse metabólico e psicológico pode influenciar o início e a progressão do vitiligo (Henning et al., 2020). Por isso, recomenda-se a prática de yoga e meditação, como parte do tratamento integrativo. Em caso de baixa autoestima, depressão ou dificuldade de socialização a psicoterapia passa a fazer parte do tratamento.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/