O modo de preparo dos peixes influencia na quantidade de ômega-3 do prato

Você incluiu o peixe na alimentação? Ótimo, já que os mesmos oferecem proteínas completos de mais fácil digestibilidade, além de possuírem o ácido graxo ômega-3, essencial para o bom funcionamento de todas as células - inclusive as do cérebro - além de ser um nutriente altamente antiinflamatório. Porém, o que muitos não sabem é que o tipo de preparação influi na qualidade do produto final. De acordo com estudo de doutorado de Lixin Meng peixes assados ou cozidos são mais benéficos do que os fritos, salgados ou defumados.

Na pesquisa, os participantes foram divididos quanto ao consumo de atum em lata, outros peixes em lata, peixes consumidos crus, cozidos, assados, fritos, salgados ou secos. O estudo inicial não considerou os peixes grelhados. De acordo com a pesquisadora o consumo de 3,3 gramas ômega-3 ao dia foi associado com um risco 23% menor de doenças cardiovasculares em homens, comparados aqueles que consumiam 0,8 gramas/dia. Porém, os peixes fritos, salgados e secos representaram um fator de risco a mais para mulheres. Ou seja, o ideal é o consumo de peixes frescos e preparados com pouca gordura e sal.

Outro dado interessante é que aqueles indivíduos que preparavam os peixes com shoyu com baixo teor de sódio ou tofu tiveram mais benefícios já que a soja contém ainda fitoestrógenos, que também protegem o corpo, principalmente contra doenças cardiovasculares.

O estudo foi apresentado na quinta-feira passada no encontro anal da associação americana do coração em Orlando, Flórida.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/