A psoríase é uma doença inflamatória autoimune que acomete a pele e que se caracterizada pelo crescimento acelerado de células da epiderme, chamadas de queratinócitos. O ciclo natural dos queratinócitos é de 28 dias mas na psoríase ele é encurtado para 4 dias. Essa hiperproliferação gera acúmulo celular sob a superfície da derme, formado placas e lesões. A doença acomete 2 a 3% da população mundial, sendo mais comum entre a terceira e a quarta décadas de vida, em pessoas do sexo feminino e em indivíduos com histórico familiar.
Podem aparecer lesões avermelhadas, geralmente em forma de placas, em regiões como cotovelos, joelhos, pés, mãos, unhas, couro cabeludo e até na área genital. As causas são desconhecidas, porém uma predisposição genética associada a fatores imunológicos e ambientais como fumo, ingestão de álcool, queimaduras, alimentação inadequada, infecções, drogas, fármacos (como lítio, beta-bloqueadores e antiinflamatórios não esteroidais), além de estresse emocional, parecem contribuir para o surgimento e perpetuação das lesões.
Por causa da inflamação crônica gerada pela psoríase, pessoas com a doença estão mais predispostas a alterações como resistência à insulina, aumento dos lipídios no sangue, obesidade e maior risco de pressão arterial elevada, diabetes mellitus tipo 2, esteatose hepática, obesidade e síndrome plurimetabólica. Por isso, controlar o índice glicêmico da dieta é muito importante. Exclua açúcar, farinha, guloseimas, refrigerantes, álcool, adoçantes.
O tratamento da psoríase deve ser individualizado considerando-se o quadro clínico do paciente. Pode envolver o uso de produtos para a pele, fototerapia (banho de luz com raio ultravioleta), uso de medicações (cliclosporina, metotrexato, acitretina, agentes biológicos). A prática de atividade física é recomendada para redução do risco cardíaco e a prática de yoga para o controle do estresse.
A dieta deve ser antiinflamatória para não agravar as lesões. Em minha consultoria ajusto a dieta e prescrevo suplementos que amenizam o risco de complicações. Para tanto, considero os resultados metabólicos obtidos dos exames bioquímicas, da avaliação clínica e dietética.
O adequado consumo de vitaminas e minerais, ácidos graxos poliinsaturados (ômega-3, concentrado em DHA), polifenóis, fibras e dietas com baixa densidade calórica podem influenciar positivamente no tratamento da psoríase. Vitaminas (A, E, C, carotenóides) e minerais (ferro, cobre, manganês, zinco e selênio), possuem capacidade antioxidante capaz de diminuir o estresse oxidativo e a produção de espécies reativas de oxigênio. As fibras alimentares também possuem um papel importante na melhoria do funcionamento intestinal, redução da inflamação, além de contribuir para o melhor controle glicêmico, insulinêmico e lipidêmico do paciente.
O extrato de uva concentrado de antocianinas (200 a 400 mg/dia) ou o consumo de 1 a 2 colheres de sopa de azeite de semente de uva, ajudam a reduzir a inflamação. Outra opção é o óleo de cominho preto (black cumin seed oil) em cápsulas. Hidrate-se bem durante todo o dia. Em relação à aromaterapia indica-se inalação com os óleos essenciais de gerânio, lavanda, melaleuca e mirra, benjoim, camomila. Cuide também da mente praticando yoga e meditação.