Neste momento de incertezas e isolamento social é normal nos sentirmos sobrecarregados. A pandemia mundial do COVID-19 forçou discussões sobre higiene, fortalecimento da imunidade, trabalho remoto, justiça social e outros assuntos muito relevantes. Neste momento de isolamento flutuações de humor são normais mas temos que tentar manter a sanidade, a calma e nossas atividades essenciais. Mas claro, com tanto tempo em casa (já estou há mais de 40 dias) é normal que nos sintamos mais tristes, entediados, com o foco e a concentração variáveis. Mas é sinal de alerta se estiver ficando muito negativo, muito cansado, com dores, tendo muitas flutuações de peso ou descontrole em relação à comida ou álcool.
Se as notícias estão agravando sua angústia, desligar-se um pouco da mídia será uma ótima ideia. Mas, mesmo com essa estratégia ainda tenho recebido muitos emails de pessoas que sofrem de transtornos alimentares, como anorexia, bulimia e compulsão alimentar e que estão enfrentando muitos desafios neste momento. Pode ser difícil ficar sozinho. Para estas pessoas seria interessante ir para a casa de um familiar onde possa encontrar apoio. Se não puder mantenha-se conectado com as pessoas que ama. Ligue, faça videoconferências, crie grupos no whatsapp para a família.
Para quem era viciado por exercício, o fechamento das academias, ginásios e parques pode ser incrivelmente angustiante. Mas exercícios de intensidade baixa a moderada e yoga podem ser feitos em casa. Professores de yoga também podem ensinar exercícios de respiração, relaxamento e meditação que ajudarão a lidar com a ansiedade e o estresse. Um estudo publicado no International Journal of Yoga mostrou que o yoga é uma maneira promissora de reduzir os sintomas dos transtorno alimentares, gerando benefícios mesmo meses depois da prática. Doze semanas de prática reduzem a compulsão alimentar, aumentam a auto-estima e contribuem para uma imagem corporal mais positiva (
Além disso, faça atividades que ama. Ouça músicas otimistas, cante, dance na sala, alongue-se, leia, aprenda um instrumento com vídeos do youtube ou a desenhar. Pessoas com comportamentos obsessivo-compulsivos ou com depressão a terapia é fundamental (pode ser feita online).
Em relação à alimentação será importante planejar, pensar sobre o que irá comer, aprender a preparar refeições satisfatórias (que confortem e ao mesmo tempo sejam gostosas e nutritivas), aprender a avaliar sinais de fome e saciedade, aprender técnicas e práticas de compaixão, aprender a lidar com o medo de ter alimento estocado em casa. Aceitar os próprios sentimentos é tão importante. É normal sentir tudo o que está sentindo no momento.
Para algumas pessoas também será importante limitar a verificação do corpo, no espelho e na balança. Em minhas consultorias trabalhamos os estigmas relacionados ao peso e à autoimagem. Aprendemos a comer de forma intuitiva. Se você teve uma alimentação restritiva pode ser que precisemos suplementar uma série de vitaminas e minerais para que sua imunidade não fique comprometida. Discutiremos isso durante o tratamento.
Quem tem ortorexia (só consome uma alimentação considerada “limpa”) pode estar nervoso também, já que não podemos, em várias partes do mundo, ir ao supermercado toda hora. Precisamos ter alguns alimentos enlatados (como sardinhas ou atum, legumes), vegetais e outros alimentos congelados. E isso não fará sua dieta desmoronar. O momento pode ser uma oportunidade para trabalharmos a necessidade de controlar tudo a todo tempo, de selecionar apenas alimentos supostamente saudáveis ou com determinadas características.
O tratamento integrativo proposto por minha equipe inclui sessões semanais de psicoterapia, acompanhamento quinzenal com nutricionista na abordagem comportamental s e práticas semanais de yoga. Você aprenderá muito inclusive sobre o uso de óleos essenciais, que ajudam a controlar a ansiedade e a compulsão. Talvez o momento de isolamento seja a oportunidade perfeita para iniciar. Tudo é feito online e o plano de 3 meses pode ser pago em até 12 vezes sem juros. Para iniciar clique:
Muitos fatores podem tornar difícil o controle metabólico, como sedentarismo, distúrbios dos sono, estresse, ansiedade, isolamento, tédio, falta de suporte social, baixa exposição solar, dentre tantos fatores que afetam a saúde. Não é fácil conciliar tantos fatores que afetam o consumo alimentar, o equilíbrio energético e metabólico.