Frequentemente chamado de "cozinha de devoção", o shōjin ryōri foi desenvolvido por monges, mas recentemente encontrou seu caminho de restaurantes de templos às mesas com estrela Michelin de Tóquio. A cozinha budista é frequentemente associado à austeridade, sendo tradicionalmente uma atividade simples, preservada por monges residentes dos templos.
O famoso ensaio do século XIII, de Dogen, "Tenzo Kyokun", que significa "Instruções para o cozinheiro", destaca não apenas a importância da seleção e do equilíbrio dos ingredientes, mas também da atenção plena do chef. O prato simples de goma dofu (tofu de gergelim) - que requer horas de moagem e mexa - é um exemplo conhecido, com o processo repetitivo exigindo um foco obstinado do cozinheiro responsável. Dado o processo demorado e trabalhoso e o momento comparativamente breve que leva para comer, Shiten considerou isso a essência da culinária shōjin e uma lição para equilibrar as expectativas do ego.
Seguindo os preceitos budistas de evitar danos é uma culinária vegetariana e simples. Para ser capaz de cumprir seus deveres no templo, o monge não poderia comer nem muito, nem pouco. E tudo deve estar em equilíbrio. No shōjin ryōri, isso se aplica à cor, sabor e técnica: o goshoku (cor) de branco, preto, vermelho, verde e amarelo; o gomi (sabor) de doce, azedo, amargo, salgado e umami; e o goho (técnica) de cozido, frito, cru, cozido no vapor e grelhado são todos elementos necessários. Assim, além de orientar o equilíbrio nutricional, as regras visam apelar aos cinco sentidos, inspirando o comensal a perceber e valorizar cada ingrediente e os cuidados com o preparo.
Talvez você não tenha tempo para passar horas cozinhando mas é importante que sua alimentação seja variada, sazonal, que ofereça ao seu corpo todos os nutrientes necessários à sua saúde física, mental e espiritual. No guia visual abaixo você pode conhecer mais sobre uma dieta saudável, baseada em plantas.