Proantocianidinas ajudam a tratar disbiose intestinal e também reduzem risco de infecções urinárias

As proantocianidinas (PAC) estão entre os polifenóis dietéticos com alto poder antioxidante. Estão presentes em alimentos como amoras, cranberries (oxicocos), framboesas, morangos, uvas e groselhas. Desempenham um importante papel na modulação de barreiras biológicas, reduzindo o risco de infecções intestinais e urinárias. As PAC ajudam a recrutar células imunes e suprimir citocinas pró-inflamatórias contribuindo para o restabelecimento da homeostase intestinal.

Efeitos das proantocianidinas no intestino

As moléculas de PAC entram no lúmen intestinal e podem exercer um efeito direto na microbiota intestinal selecionando bactérias benéficas (1) e fortalecendo as tight junctions, proteínas que mantém as células inestinais juntas (2). Por sua vez, a microbiota intestinal pode alterar a estrutura química da molécula de PAC (3) e produzir metabólitos benéficos(4).

Os metabólitos do PAC podem ser absorvidos através da camada epitelial e influenciar as células imunes residentes (5). Os metabólitos também podem alterar a microbiota intestinal, bem como a barreira epitelial intestinal (6). Além disso, tanto os compostos originais quanto os metabólitos de PAC podem ter efeitos diretos ou indiretos sobre patógenos intestinais, como bactérias, helmintos e vírus.

Efeitos das proantocianidinas no trato urinário

As infecções do trato urinário (ITUs) são relativamente comuns em mulheres e podem ser classificadas como não complicadas ou complicadas, dependendo da anatomia e fisiologia do trato urinário. A cistite aguda não complicada (AUC) ocorre quando patógenos urinários do intestino ou da vagina colonizam a mucosa periuretral e atingem a bexiga. Acredita-se que a grande maioria dos episódios em mulheres saudáveis ​​envolvendo a mesma cepa bacteriana que causou a infecção inicial sejam reinfecções. Cerca de 90% das AUC são causadas por Escherichia coli uropatogênica (UPEC), mas Proteus mirabilis também desempenha um papel importante.

Vários estudos mostram que as proantocianidinas do cranberry /oxicoco (Vaccinium macrocarpon) ajudam a prevenir a adesão de UPEC P-fimbriada e P. mirabilis às células uroepiteliais em até 75% (Nicolosi et al., 2014). A combinação ômega-3 com proantocianidinas são ainda mais eficiente para o efeito protetor e regulador do sistema imune. O produto Alpha Inflaminus traz esta combinação. Veja aqui.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/