Canabinóides e saúde da mulher

As mulheres têm necessidades diferentes dos homens e estas necessidades mudam com a idade, produção hormonal, saúde física e mental. Existem vários grupos de pesquisa investigando as diferenças entre homens e mulheres em sua resposta aos efeitos dos canabinóides.

Embora as mulheres apresentem menos dor ao usar o delta-9-tetraidrocanabinol (THC), o principal componente psicotrópico da cannabis, elas parecem apresentar mais efeitos colaterais do que os homens.

Os níveis de endocanabinóides e a densidade e afinidade do receptor CB1 flutuam em função do sexo e do ciclo hormonal, apoiando a hipótese de possíveis diferenças dependentes de hormônios sexuais na sensibilidade de certos processos neuronais desencadeados por tratamento com canabinóides.

Tamanho do fígado, capacidade de produção de enzimas de destoxificação, diferenças sexuais na distribuição de gordura corporal também podem afetar o metabolismo dos canabinóides. Uma das hipóteses para o maior número de efeitos colaterais nas mulheres é o acúmulo de canabinóides em seus depósitos de gordura. Por outro lado, é possível que as mulheres experimentem efeitos mais fracos com a mesma dosagem em comparação com os homens justamente pelo fato de mais delta9-THC ser retido pelas células adiposas.

Sistema canabinóide influencia a saúde da mulher

O sistema canabinóide está envolvido na maturação dos óvulos e na implantação do embrião no útero. Os endocanabinóides estão, portanto, envolvidos no ciclo menstrual e na gravidez. Mas não é só isso: estudos também mostram a capacidade dos canabinóides de combater as células cancerígenas.

Os canabinóides apresentam uma variedade de efeitos anticancerígenos ao perturbar as vias de sinalização envolvidas na transformação maligna e na progressão do tumor. Podem iniciar apoptose e autofagia, montar respostas inflamatórias contra células cancerígenas e bloquear processos angiogênicos e metastáticos através de diferentes mecanismos.

Mas para complicar as coisas, o sistema flutua ao longo do ciclo menstrual e ovariano. Por isso, mais estudos nesta área são necessários. A expectativa é que os canabinóides possam ser usados na prevenção e no tratamento do câncer de ovário, na síndrome dos ovários policísticos e no tratamento da endometriose.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Efeito do THC no organismo depende da genética.

CYP2C9 é um gene para uma enzima metabolizadora de drogas. É a enzima mais importante para o metabolismo do THC. O gene para CYP2C9 tem mais de 50 polimorfismos, alguns dos quais alteram sua atividade enzimática. A versão do tipo selvagem (ou seja, a versão mais comum) do gene é chamada CYP2C91.

A CYP2C9 é provavelmente a enzima mais importante para o metabolismo do THC. Pessoas com genótipos CYP2C9*3 têm níveis sanguíneos mais altos de THC e experimentam um efeito mais forte após o consumo de cannabis via oral. Esse polimorfismo ajuda a explicar por que algumas pessoas são naturalmente mais sensíveis à cannabis do que outras.

Lembrando que após uma dose oral de THC (pela boca, como cápsula ou óleo), o metabolismo começa no trato GI e no fígado antes que o THC chegue à circulação geral. O efeito será diferente com o fumo da cannabis, pois nests, as variantes CYP2C9 terão pouco efeito sobre o quão alto você fica, já que os pulmões entregam THC diretamente ao sangue.

Os polimorfismos CYP2C9 não devem afetar o metabolismo do CBD. O CBD é metabolizado por outra enzima, a CYP2C19. Outra variação CYP2C93 diminui significativamente a atividade desta enzima. Como cada pessoa tem duas versões de cada gene (uma herdada da mãe e outra do pai biológico), você pode ter duas cópias da variante *1, duas cópias da variante *3 ou uma cópia de cada.

O polimorfismo CYP2C9*3 é relativamente comum em pessoas de ascendência europeia (frequência alélica de 3,3 a 16,2%). É muito mais raro em outras populações (0 a 2,3% em africanos e 1,1 a 3,6% em asiáticos).

Pessoas com o genótipo *3/*3 são metabolizadoras lentas do THC. Isto quer dizer que consumindo maconha ou Cannabis medicinal contendo THC terão no sangue níveis até 3 vezes maiores do que pessoas *1/*1. Indivíduos *1/*3 possuem níveis de THC sanguíneos 2 vezes maiores do que os *1/*1.

Devido à esta característica farmacodinâmica, os indivíduos com o genótipo *3/*3 sentiram-se mais sonolentos e essa sensação durou mais tempo do que os indivíduos do tipo selvagem.

Variante relevante: *1 vs. *3 (rs1057910)

A/A (*1/*1) = Metabolizador rápido. Efeitos mais fracos do THC . Esta é a minha variação.

A/C (*1/*3) = Metabolizador intermediário.

C/C (*3/*3) = Metabolizador lento. Efeitos mais fortes do THC.

Meu teste genético para CYP2C9

Leia os estudos de caso das crianças autistas em uso do THC: parte 1, parte 2

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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