Tecido adiposo marrom no combate à obesidade

Muitas mulheres fazem lipoaspiração mas depois engordam de novo e os problemas de saúde começam a aparecer. Por que? O que acontece é que guardamos a gordura abaixo da pele. Se esta gordura subcutânea é removida o estoque começará a ser maior entre os órgãos abdominais, entre as vísceras. Enquanto as células de gordura abaixo da pele são pequenas, as células do tecido adiposo visceral são grandes e abrigam mais macrófagos. Estas células de defesa são muito importante para nossa imunidade. Mas, quando a quantidade de macrófagos é grande a produção de substâncias inflamatórias aumenta muito. O aumento das citocinas inflamatórias associa-se a maior risco de doenças cardiovasculares, dores, diabetes e certos tipos de câncer. Já a gordura acumulada abaixo da pele produz mais hormônios protetores como adiponectina e leptina, que melhoram a sensibilidade à insulina, principalmente se as células forem do tipo marrom.

Enquanto o tecido adiposo branco, localizado em grande quantidade na gordura visceral, reserva energia, o tecido adiposo marrom é conhecido há muitas décadas como um tecido que acelera a queima de gordura. Isto ocorre pois este tecido possui uma proteína termogênica (a UCP-1 ou termogenina) na membrana interna de suas mitocôndrias. A UCP1 permite que o tecido adiposo marrom produza mais calor do que o tecido adiposo branco. O aumento da atividade do tecido adiposo marrom melhora a sensibilidade à insulina (Winn et al., 2016). A ativação da UCP1 também levaria a um aumento do gasto energético e seria uma possível arma no tratamento da obesidade e do diabetes

O tecido adiposo marrom é característico de animais que hibernam, como os ursos. Bebês humanos também possuem uma grande quantidade deste tecido para manter seus corpos aquecidos durante o sono. Conforme vamos crescendo a quantidade de gordura marrom vai diminuindo e a de gordura branca vai aumentando. Mas podemos ajudar as células de gordura branca a transformarem-se em células marrons, processo conhecido como browning ou “amarronzamento”.

Ativam o tecido adiposo marrom: a adrenalina (produzida durante a atividade física), o hormônio da tireóide, o frio, o hormônio irisina, fitoquímicos (como curcumina do açafrão, capsaicina da pimenta, EGCG do chá verde, resveratrol das uvas), EPA (ômega-3) a dieta antiinflamatória rica em ervas e condimentos (canela, menta, gingeng, etc) e a melatonina.

A melatonina é um hormônio produzido naturalmente pela glândula pineal quando o dia escurece. Ratos e humanos que não possuem a glândula pineal ganham peso e apresentam distúrbios metabólicos durante a vida e a suplementação noturna de melatonina, reverte estas alterações (Halpern, 2018). Pessoas que trocam o dia pela noite e pessoas que levam o celular para a cama e passam horas olhando a luz que sai da tela do aparelho, produzem menos melatonina.

Eu tento dormir cedo, mas não gosto de banho gelado. Apesar disso, faço surf e o mar aqui em Portugal é frio. Mas o calor também pode fazer bem. Sobre este tema, assista ao vídeo a seguir:

Exemplo de formulação para a ativação do tecido adiposo marrom:

* Trans Resveratrol – 50 a 100mg

* Capsaicina - 12mg

Aviar doses suficientes para X dias, em cápsulas vegetais.

Posologia: Consumir 1 dose ao dia, sob orientação nutricional.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/