Tratamento do TDAH no adulto

Na terapia o foco no tratamento do TDAH, mais frequentemente, é o desenvolvimento de novas habilidades ou estratégias de autorregulação. O(a) paciente aprende estratégias compensatórias básicas para organizar sua vida, administrar seu tempo de modo eficiente e para se auto motivar. Aprende-se a reconhecer e a contra-atacar pensamentos padrões que levam a pessoa a evitar ou a desistir do uso das estratégias aprendidas. Alterações no ambiente que diminuam a probabilidade de sobrecarga cognitiva são incentivadas. Crenças pessoais sobre a incapacidade de alcançar objetivos importantes na vida são reinterpretadas.

Na nutrição são tratadas carências que impactem na produção de neurotransmissores como serotonina, dopamina e noradrenalina. A comunicação desregulada entre astrócitos e neurônios pode impactar, por exemplo a regulação da dopamina.

Nutrientes como ferro, magnésio, zinco e vitaminas do complexo B são essenciais para a produção e regulação da dopamina e devem ser considerados. A deficiência desses nutrientes pode agravar os sintomas do TDAH. Exames genéticos, de sangue e metabolômicos são úteis para uma suplementação mais individualizada.

A ativação da microglia pode contribuir para processos neuroinflamatórios que afetam a atenção e o controle de impulsos. Ácidos graxos ômega-3 (DHA e EPA), antioxidantes (vitamina C, E) e polifenóis podem ajudar a reduzir a neuroinflamação, promovendo melhor função cognitiva e controle do comportamento.

Alterações associadas às interações neurônio-células da glia nos transtornos do neurodesenvolvimento. Substâncias inflamatórias, como IL-12, IL-1β e TNF-α aumentam os sintomas associados ao TDAH (Kim, Choi, & Yoon, 2020).

O açafrão (Crocus sativus) é uma ótima opção para combate à neuroinflamação pois contém compostos bioativos com diversas propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e neuroprotetoras.

Principais Polifenóis do Açafrão

  1. Flavonóides

    • Kaempferol: antioxidante e anti-inflamatório, pode ter efeitos cardioprotetores.

    • Quercetina: potente antioxidante com benefícios para a saúde cardiovascular e cerebral.

    • Luteolina: tem propriedades anti-inflamatórias e pode modular o sistema imunológico.

  2. Ácidos fenólicos

    • Ácido gálico: potente antioxidante, protege contra danos oxidativos.

    • Ácido clorogênico: relacionado à regulação do metabolismo da glicose e com efeitos neuroprotetores.

    • Ácido cafeico: conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes.

  3. Crocinas

    • São os principais carotenoides do açafrão, mas também possuem propriedades polifenólicas. As crocinas são responsáveis pela coloração amarela intensa do açafrão e demonstram efeitos neuroprotetores e antidepressivos.

  4. Safranal

    • Embora seja um composto volátil e não exatamente um polifenol, o safranal tem ação antioxidante e contribui para o aroma característico do açafrão.

Por fim, déficits na mielinização podem impactar a conectividade neural de longa distância, levando a um comprometimento cognitivo. Colina, ômega-3, vitamina B12 e ácido fólico são fundamentais para a manutenção da mielina e podem ajudar a melhorar a conectividade cerebral em indivíduos com TDAH.

A nutrição e a suplementação adequadas podem ter um papel significativo na modulação desses processos neurobiológicos e, consequentemente, na melhora dos sintomas do TDAH. Precisa de ajuda? Marque aqui sua consulta de nutrição online e terapia online.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/