As mulheres têm maior propensão a doenças autoimunes do que os homens, e isso se deve a uma combinação de fatores biológicos, hormonais e genéticos. Alguns dos principais motivos incluem:
Diferenças hormonais: Os hormônios femininos, especialmente os estrogênios, desempenham um papel importante na modulação do sistema imunológico. Eles podem aumentar a atividade do sistema imunológico, o que pode tornar as mulheres mais suscetíveis a desenvolver doenças autoimunes. Já os hormônios masculinos, como a testosterona, tendem a ter um efeito imunossupressor, ou seja, reduzem a atividade do sistema imunológico.
Genética: As mulheres possuem dois cromossomos X (uma característica genética que difere dos homens, que têm um cromossomo X e um Y). O cromossomo X contém muitos genes que regulam o sistema imunológico, e ter dois cromossomos X pode aumentar a probabilidade de respostas imunológicas mais intensas ou erradas. Isso pode aumentar o risco de doenças autoimunes, já que o sistema imunológico pode atacar erroneamente as células do próprio corpo.
Resposta imunológica mais forte: Em geral, as mulheres tendem a ter uma resposta imunológica mais vigorosa do que os homens, o que é benéfico em termos de defesa contra infecções. No entanto, essa resposta aumentada pode, por outro lado, contribuir para o desenvolvimento de doenças autoimunes, onde o sistema imunológico ataca tecidos e órgãos saudáveis.
Fatores ambientais e estilo de vida: Embora menos estudados, fatores como o estresse, a alimentação e a exposição a certos agentes ambientais podem interagir com fatores genéticos e hormonais, podendo contribuir para a maior incidência de doenças autoimunes nas mulheres. A deficiência de magnésio, por exemplo, tem sido associada a vários problemas de saúde, incluindo inflamação e um risco aumentado de doenças autoimunes. O magnésio reduz inflamação e estresse oxidativo.
Deficiência de magnésio contribui para inflamação por vários mecanismos (Liu, & Dudley Jr, 2020)
A deficiência desse mineral pode afetar a função do sistema imunológico e aumentar a inflamação no corpo, o que pode contribuir para o desenvolvimento de doenças autoimunes, como artrite reumatoide, lúpus e esclerose múltipla.
O magnésio é essencial para várias reações bioquímicas no corpo, incluindo aquelas que regulam o sistema nervoso, cardiovascular e muscular, além de ter propriedades anti-inflamatórias.
A deficiência de magnésio pode alterar a função das células do sistema imune, influenciando a produção de citocinas inflamatórias e favorecendo um ambiente propenso a doenças autoimunes. A deficiência intracelular de magnésio (Mg) (Mgi↓) induz estresse oxidativo e disfunção mitocondrial.
A deficiência de Mg regula negativamente a cadeia de transporte de elétrons (ETC) e aumenta a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS). A deficiência de Mg também suprime o sistema de defesa antioxidante com níveis reduzidos de proteínas, como manganês SOD (MnSOD) e catalase. A deficiência de Mg regula negativamente a ATP sintase (F0F1) e diminui a produção de ATP. A deficiência intracelular de Mg inibe o transporte de Mg para as mitocôndrias por meio da proteína de splicing 2 do RNA mitocondrial (MRS2) e promove o efluxo de Mg (Mgm) mitocondrial por meio do SLC41A3.
Sintomas adicionais (além da inflamação) da deficiência de magnésio
A deficiência de magnésio pode causar vários sintomas, que variam de leves a mais graves. Alguns dos sintomas comuns incluem:
Cãibras musculares: Podem ocorrer principalmente nas pernas e pés.
Fadiga e fraqueza: Sentir-se constantemente cansado ou sem energia.
Espasmos ou tremores musculares: Movimentos involuntários nos músculos.
Irritação e mudanças de humor: A deficiência de magnésio pode afetar o sistema nervoso, causando ansiedade, estresse ou depressão.
Problemas para dormir: Insônia ou dificuldade para adormecer.
Náuseas e vômitos: Em alguns casos, as pessoas podem sentir mal-estar estomacal.
Palpitações ou ritmo cardíaco irregular: O magnésio é essencial para a função cardíaca adequada.
Ossos fracos ou dor nas articulações: O magnésio é importante para a saúde óssea, e sua deficiência pode afetar a força dos ossos.
A ingestão diária recomendada (RDA) de magnésio varia de acordo com a idade e as necessidades individuais, incluindo condições específicas como gravidez e lactação. Para mulheres, as recomendações gerais são as seguintes:
Ingestão Diária Recomendada (RDA) de Magnésio para Mulheres:
19 a 30 anos: 310 mg por dia
31 anos ou mais: 320 mg por dia
Gravidez (19-30 anos): 350 mg por dia
Gravidez (31 anos ou mais): 360 mg por dia
Amamentação (19-30 anos): 310 mg por dia
Amamentação (31 anos ou mais): 320 mg por dia
Esses valores são baseados em orientações gerais para a população saudável. Para mulheres que têm deficiências de magnésio ou problemas médicos específicos, as necessidades podem ser diferentes e a recomendação deve ser ajustada de acordo com a orientação de um profissional de saúde.
Fontes de Magnésio por 100g de alimento
Sementes de abóbora:
592 mg de magnésio
Excelente fonte de magnésio, além de ser rica em proteínas e antioxidantes.
Amêndoas:
270 mg de magnésio
Também são ricas em vitamina E, gorduras saudáveis e fibras.
Espinafre (cozido):
87 mg de magnésio
Uma excelente opção vegetal, rica em ferro e outros nutrientes.
Castanha de caju:
292 mg de magnésio
Boa fonte de proteínas e gorduras saudáveis.
Chocolate amargo (70% cacau):
228 mg de magnésio
Além de ser rico em magnésio, o chocolate amargo é uma fonte de antioxidantes.
Sementes de chia:
335 mg de magnésio
Essas sementes também fornecem ácidos graxos ômega-3 e fibras.
Feijão preto (cozido):
70 mg de magnésio
Boa fonte de proteínas vegetais e fibra alimentar.
Abacate:
29 mg de magnésio
Embora a quantidade não seja tão alta quanto as outras fontes, o abacate é rico em gorduras saudáveis.
Bananas:
27 mg de magnésio
Fonte prática e acessível, além de ser rica em potássio.
Se você está lidando com sintomas de deficiência de magnésio ou preocupação com doenças autoimunes, é importante agendar sua consulta de nutrição para ajuste de sua dieta e suplementação.