Açafrão é um condimento interessante para adultos fazendo uso de antidepressivos

No Episódio 23 do Podcast comentei sobre a efetividade do uso do açafrão no tratamento da depressão. Recomenda-se o consumo de 1/2 colher de chá ao dia. A curcumina do açafrão possui atividade antioxidante e antiinflamatória protegendo as células do cérebro. 

A depressão é uma doença complexa. Por isto, várias abordagens devem ser utilizadas simultaneamente como atividade física, psicoterapia, nutrição adequada e uso de antidepressivos. Apesar da importância das drogas em muitos casos, as mesmas possuem uma série de efeitos colaterais. Desta forma, a administração e uso deve ser monitorada adequadamente por psiquiatras. As disfunções sexuais, por exemplo, fazem parte da gama de efeitos colaterais comuns advindos do uso dos antidepressivos, o que pode impactar negativamente a qualidade de vida, as relações, a autoestima e a recuperação de adultos. 

Estudos mostram que mulheres com libido reduzida e homens com disfunção erétil induzida pelo uso do prozac beneficiam-se com o uso de açafrão. O uso de 15 mg de açafrão por 4 semanas restaura a função sexual em grande parte dos indivíduos (Modabbernia et al., 2012; Kashani et al., 2013). 

Suplementos de curcumina

Existem também suplementos manipulados como o Curcuvail. Caso precise de ajuda com dosagens e modificação alimentar marque aqui sua consultoria nutricional online.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Barreiras para o uso de aplicativos de saúde

Você já usou algum aplicativo relacionado à saúde (como RunKeeper, MyFitnessPal, Headspace)? Algumas pessoas nunca instalaram, outras instalaram e não usaram, outras usaram pouquíssimas vezes. Isso é normal, são várias as barreiras relatadas para o uso de tecnologias.

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Barreiras relatadas pelos usuários ou pacientes

  • Nem sempre as tecnologias são desenhadas de forma ótima. O design pode não ser convidativo, a estrutura de navegação pode não ser boa.
  • Podem ocorrer problemas técnicos. Bugs, conexão instável com a internet dificultam o uso. 
  • A informação fornecida pelo app não é adaptada para o usuário. Talvez as informações sejam muito gerais, muito específicas ou limitadas.
  • As informações são de difícil interpretação ou muitos jargões médicos e da área de saúde são utilizados.
  • Os usuários não sabem como usar uma tecnologia específica. 
  • As pessoas podem desejar um contato mais pessoal com os profissionais de saúde do que uma tecnologia de eSaúde pode oferecer.

Quando a tecnologia é voltada a profissionais de saúde outras barreiras podem se apresentar.

Barreiras relatadas por profissionais de saúde

  • Uma tecnologia que não é compatível com as outras utilizadas (por exemplo, prontuários eletrônicos) ou com fluxos de trabalhos existentes constitui-se uma barreira. Outro problema é quando o app possui funções pouco claras sobre como e onde armazenar dados.

  • Problemas técnicos também podem ser barreiras para os profissionais. Se um programa sofrer falhas regularmente, a relutância em usar a tecnologia aumenta.

  • Os profissionais de saúde podem ter medo de que a diminuição do contato pessoal mude drasticamente a natureza ou efetividade de seu trabalho. O medo de que a qualidade do atendimento diminua devido à falta de contato ou devido a um tipo diferente de contato também pode ser uma barreira importante, por exemplo quando uma grande quantidade de consultas face-a-face é substituída por contatos on-line.

  • A falta de habilidades sobre como usar uma tecnologia pode causar sentimentos de insegurança nos profissionais de saúde. 

  • Regulamentações e instruções sobre o uso da eSaúde nos processos de saúde podem não ser claras, por exemplo, como os cuidados on-line e off-line podem ser combinados.

  • Se uma nova tecnologia for iniciada e implementada inteiramente pela gerência, os profissionais de saúde podem sentir que sua opinião não é levada em conta, o que pode aumentar a resistência ao uso de novas tecnologias e aplicativos. Profissionais de saúde podem se sentir restritos em sua autonomia.

Assim, ao colocar uma tecnologia em prática, as barreiras enfrentadas pelos indivíduos têm que ser contabilizadas para garantir uma implementação bem-sucedida. Você consegue imaginar alguma outra barreira que possa ser relevante na implementação e uso de tecnologias em saúde?

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Pacientes com câncer, fazendo quimioterapia, podem consumir alimentos crus?

A quimioterapia é um dos tipos de tratamento contra o câncer. Os remédios quimioterápicos tem como objetivo destruir as células cancerígenas. Contudo, as medicações também podem prejudicar células saudáveis que estão em constante renovação no corpo, como as células da defesa. Para não adoecer o consumo de alimentos que fortalecem a imunidade é indicado. Cebola, alho, açaí, mirtilo, limão, cenoura, batata doce, gengibre, açafrão são alguns dos alimentos estudados. 

Mas alguns médicos pedem a seus pacientes que não consumam alimentos crus como folhas, frutas e verduras (dieta neutropênica). O raciocínio é que alimentos crus ou mal higienizados podem conter microorganismos, como Campylobacter, Salmonella e E. coli), que causam infecções. Na minha opinião o cuidado deve acontecer apenas na rua pois não sabemos de que forma os alimentos foram manipulados ou higienizados. Mas em casa, o ideal é continuar consumindo frutas e verduras já que vegetais são ricos em antioxidantes e fitoquímicos importantíssimos para a saúde do corpo e para a imunidade. 

Aliás, foram publicados três ensaios clínicos aleatorizados e em todos deles os investigadores foram contra a exclusão dos vegetais (Gardner et al., 2008; van Dalen et al., 2012Braun, Chen, & Frangoul, 2014). Mesmo no transplante de medula, a dieta sem fruta e verduras aumentou o risco de infecções (Trifilio et al. 2012). Por isto, o ideal é higienizar adequadamente os vegetais em casa, mantendo-os na dieta (Gardner, 2012).

Dicas da nutri:

  • Lave bem as mãos antes de comer;

  • Tenha álcool gel na bolsa, pois se não houver como lavar as mãos na rua, pelo menos poderá aplicar o álcool;

  • Higienize bem as frutas e vegetais que irá consumir em casa (aprenda como higienizar aqui ou aqui);

  • Cozinhe bem ovos e carnes;

  • Ferva o leite ou use leite vegetal, como o de coco;

  • Não compre queijos na rua;

  • Evite sushi, sashimi e brotos de vegetais, alimentos mais facilmente contaminados.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/